Em entrevista com a fonoaudióloga Valesca Resende, especialista em motricidade oral e estética oromiofacial, ela ressaltou a enorme importância do trabalho conjunto entre a fonoaudiologia e ortodontia. Em minha opinião, ambas se completam, são grandes parceiras e devem caminhar juntas.
Sabemos que alterações dentárias e ósseas podem interferir nas funções de mastigar, deglutir, falar e respirar. Estas, por sua vez, quando não estão sendo realizadas de maneira adequada, podem causar ou contribuir para o surgimento de alterações dentárias e faciais. A fonoaudiologia tem como um de seus objetivos o restabelecimento de tais funções, visando ao equilíbrio miofuncional.
Na ortodontia, os dentes são mantidos em equilíbrio graças à atuação de forças de contenção internas e externas. Portanto, se após a retirada do aparelho não houver ajustes funcionais, como a musculatura facial, existe a possibilidade de recidivas.
Para que haja o equilíbrio desse sistema, são necessários diversos fatores, tais como: músculos faciais que funcionem em equilíbrio; presença de arcadas dentárias com oclusão normal; movimentação adequada dos lábios, língua e bochechas; respiração predominantemente nasal. Sendo assim, o trabalho associado entre a ortodontia e fonoaudiologia é essencial para um tratamento rápido e eficaz.
Nesse caso, a fonoterapia terá como objetivos promover o equilíbrio miofuncional, por meio de exercícios específicos para mobilidade, fortalecimento e adequação do tônus de lábios, língua e bochechas, assim como a adequação das funções alteradas. Aparentemente, é uma ginástica para o rosto, mas que trata não só a estética, como adéqua suas funções.
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